sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Empresa cria rótulos animados para embalagens

A tecnologia também poderá ser utilizadas em tetos, cartazes, roupas, veículos e outdoors.


Luciana Alves

Acaba de ser criada na Europa a primeira empresa especializada na fabricação de telas para impressos, possibilitando a criação dos rótulos animados. A Lumoza nasceu de uma parceria entre a universidade holandesa de Hasselt, o instituto de microeletrônica belga IMEC e a empresa Artist Screen.

A tecnologia de impressão de telas eletrônicas combina uma tinta eletroluminescente com um circuito eletrônico que controla a sequência e a temporização das animações. Ela pode ser empregada em virtualmente qualquer tipo de superfície, incluindo as embalagens plásticas usadas na maioria dos produtos.

Segundo o EETimes, os pesquisadores afirmam que a tela é feita de uma combinação de um material à base de fósforo inorgânico e um material orgânico. A composição exata é confidencial, mas não é OLED. O processo atualmente alcança pixels do tamanho de 200 mícrons, que produz uma resolução de 127 pixels por polegada. O conteúdo de animação deve ser armazenado no chip embutido no produto.

A tela ainda tem como importantes características a durabilidade e versatilidade. Depois de impressa, ela pode ser dobrada, enrolada e até mesmo reutilizada como embrulho de outro produto, sem perder a funcionalidade.

Mas a gama de possibilidades de uso das telas impressas é muito maior do que produção de embalagens. Como a tecnologia funciona para impressão em grandes áreas, as telas poderão ser utilizadas em tetos, cartazes, roupas, veículos e outdoors.

“Nesta primeira fase, nosso foco é a indústria de propaganda e de embalagens. A indústria de capas para DVDs também já demonstrou interesse. A longo prazo, pensamos em aplicações mais duráveis, como na indústria da construção,” explica Wouter Moons, um dos criadores da empresa emergente, em comunicado no site do IMEC.

Intel mostra processador com 48 núcleos

Ainda experimental, novo chip já é capaz de rodar o Windows e Linux
Por Antonio Blanc

Alguns anos atrás, os fabricantes de processadores notaram que para melhorar o desempenho de seus produtos, em vez de aumentar a velocidade do clock o melhor era aumentar a eficiência de cada processador, e apelar para o trabalho em equipe. Logo surgiram processadores para PCs desktop com dois, três, quatro ou até seis núcleos, e parece que esta tendência deve continuar por um bom tempo: a Intel acaba de anunciar um processador com 48 núcleos programáveis, compatíveis com a arquitetura x86.

Batizado pela empresa de Single-chip Cloud Computer (SCC), o novo processador é fruto do projeto “TeraScale Computing” do Intel Labs e funciona como um “datacenter em miniatura”: na verdade ele é um conjunto de 24 processadores “dual-core” em uma única pastilha, interligados por um sistema de rede para comunicação entre os núcleos.

Um sistema de gerenciamento de energia permite ao processador ajustar o consumo de acordo com a demanda atual de processamento, reduzindo-o de 125 Watts (em potência máxima) para apenas 25 Watts (com a maioria dos núcleos ociosos). Segundo a Intel, a tecnologia utilizada no novo chip é escalável para processadores com 100 núcleos ou mais.

A Intel não divulgou informações sobre o poder de processamento de cada núcleo, ou do chip por inteiro, visto que no momento o projeto tem fins apenas de pesquisa. Mas em demonstrações no exterior, o SCC foi visto executando sistemas operacionais como o Windows e Linux.

A empresa já havia demonstrado em 2007 um processador de 80 núcleos, de codinome Polaris, que pode ser visto como um “antecessor” do SCC. Entretanto, o Polaris consistia de 80 núcleos não programáveis, criados apenas para realizar tarefas muito simples e testar o conceito de operação, e o SCC é o primeiro chip em sua categoria capaz de “computação geral”.

Não há previsão de quando ou em que forma o SCC, ou seus descendentes, chegarão ao mercado. Mas no ritmo em que as coisas andam, podemos apostar que é “muito mais cedo do que você imagina”. Em outubro deste ano outra empresa norte-americana, a Tilera Corporation, anunciou um processador baseado na arquitetura MIPS com 100 núcleos. Batizado de Tile-GX, ele deve chegar ao mercado em 2011.